Está sendo realizado em Alta Floresta trabalho de melhoramento genético do rebanho bovino leiteiro. Essa iniciativa atende aos agricultores que se enquadram na agricultura familiar. Essa é uma ação conjunta que envolve a Prefeitura de Alta Floresta, através da Secretaria de Agricultura e Pecuária, e Governo do Estado, através da Secretaria de Estado Agricultura Familiar (SEAF), por meio da Empaer.
O pecuarista Cleiton Carlesso, é um exemplo de que este trabalho pode gerar bons frutos. Carlesso é produtor de leite há dez anos, e também está recebendo apoio do Programa Mais Leite. Ele explica que no início do trabalho contava com 40 animais, que rendiam 200 litros/dia. Depois que adotou a técnica, houve um ganho expressivo. “Hoje trabalho com 80 animais, que estão produzindo 1.500 litros/dia”.
Carlesso ingressou na atividade mesmo antes da Gestão Pública Municipal, mas, com o apoio público, ele conseguiu intensificar as ações em sua propriedade rural. Ele explica ainda que sua produção é entregue em um laticínio de Alta Floresta. “Era esse apoio da Prefeitura e Empaer que estávamos precisando para nossa região”, disse.
O pesquisador assistente e extensionista rural da Empaer, Fabio Menequelli, destaca essa parceria dos entes públicos. “Temos uma parceria forte com a Prefeitura, e essa parceria veio para trazer melhorias na produção leiteira”. É importante lembrar que há um protocolo para participação dos produtores. “É feito um levantamento prévio. Também há uma avaliação e depois é executado o procedimento. Acompanhamos todo o processo”, explica.
O secretário de Agricultura e Pecuária, Marcelo Fernando Pereira Souza, explica que o melhoramento genético é um subprograma dentro do Programa Mais Leite. Ainda de acordo com Souza, em uma etapa já realizado foram 60 embriões, sendo 30 nascimentos e outros 30 em processo de gestação, que atenderam 17 produtores.
“O município iniciará uma segunda etapa com previsão para realizar mais 150 novas transferências de embriões, com início previsto para junho deste ano”, destacou o secretário. Segundo levantamento da Secretaria de Agricultura e Pecuária, a bacia leiteira representa 60% de todas as receitas da agricultura familiar do município. “Nesse primeiro momento foi dada prioridade para produtores assentados, como por exemplo, do Assentamento Jacaminho, mas, nossa intenção é expandir esse trabalho”, explica o secretário.
Souza explica que esse trabalho traz outros benefícios. “São animais registrados, com origem identificada”. Para termos uma ideia do ganho de produtividade, quando os animais estiverem em idade de lactação, a produção de dez animais será alcançada com somente três. “Representa aumento de produtividade”.
O secretário de Agricultura e Pecuária finaliza ao citar outros benefícios: “São animais registrados, com origem identificada e de alta padrão genético, o que incrementará significativamente a produtividade de leite no município. Quando estes animais estiverem em idade de lactação, espera-se uma produtividade média de 17 l/dia por animal, representando um aumento significativo de aproximadamente 400% em relação as médias obtidas no município, bem como no Estado e a nível nacional”.